Thursday, January 12, 2006

Soneto XLIII

Não sei o que faço com o amor que eu te tenho
Se o ignoro, todo o sol vai-se embora
Não vejo luz se teu sorriso eu desdenho
Este pequeno arco-íris de aurora.
E, como se desdenha a lua que só te cega?
Como deixar de ouvir estrelas numa pauta
Musiciando um amor que não se nega
A te tomar todos sentidos de incauta?
Embauzar meu sentimento é improvável
Pode-se acaso por guardado do céu um naco
Sem vê-lo a desazular sua cor louvável?
Tirar qualquer cor do arco-íris não o torna um caco?
Por ti é inteira composição o meu amor
É aquela música ao surgir de uma flor...

4 comments:

Anonymous said...

E existe algo mais belo que o amor???

Charlie Gibson said...

belo, trágico...o amor em si não é nada, ele é tudo...sem ele não dá, mas com ele...tudo começa a girar...

e assim vai

Anonymous said...

O amor...
Começa com um olhar, segue o envolvimento - que por sinal não se sabe explicar, o toque dos labios - que nos joga em um abismo, e ai a cadeia de fatos que envolve qualquer tipo de relacionamento.
Enfim é complicado falar de amor...afinal é algo que não se explica...mas lhe dou os parabéns, ficou lindo tudo que la escreveste...
Mas para ter essa sensibilidade imagino um passado melancolico... sabe eu também escrevia, porém alguns fatos em minha vida me colocaram uma barreira nesse meu lado poetisa.
Mas admiro seu lado poeta meu caro.
Adorei lhe conhecer.
Beijinhos e boa semana.

Anonymous said...

... AI AI..